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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

ACORDES DO MEU VIOLÃO...

               ACORDES DO TEU VIOLÃO...


Se nos acordes do teu violão,
que tocas assim com tal suavidade,
soubesses o que eu secretamente entendo,
no tocar dos teus dedos...
Suaves... macios... mãos lindas...
Renovando o meu ser internamente.
Retratando com tanta luz e
com suavidade meiga...
Ah! Este teu amor... amor...
Me alcança... alongando estrelas,
todo o meu ser, todo o meu amor...
Me dando uma nova vida...
Por me ver em você... em tudo...
Em tudo que para mim és...
Nas melodias suaves que tocas...
E ao te ouvir cantar... assim...
Me estremeço e vejo o fim,
de tanta maldade... da dor... e
fico como pássaro em liberdade, 
por ver nos acordes do teu violão...
Acordes que renovam o meu ser...
com tua doce presença...
neste meu alumbrado amor... amor,
eu sou você... eu sei que eu sou...
Você é para mim... mais canção!
Você é para mim... mais luz!
Você é para mim mais festa!!
Festa em mim... no meu coração!

EMERGIR... EM TI...

                  EMERGIR ... EM TI...

Você me fez ... feliz... amar de novo...
Você me fez emergir... surgir do meu nada,
nossas bocas coladas... teu corpo junto ao meu.
Uma música toca... o corpo junto ao meu.
Uma música toca... o copo está com gelo...
mas vivo no meu todo, uma dor... este desejo,
de te abraçar... de te deitar comigo...
de amando-te fugir deste amor... meu inimigo...
Sentir que só a você... desejo e quero.
Que tenho você presa... agarrada... junto a mim
e que nossos corpos estremecem num amor sem fim.
Tenho medo do tempo... este meu cruel inimigo,
que tira as horas em que não ficas comigo...
... e me lança, sofrendo de amor, ao infinito...
dos teus beijos... dos teus doces carinhos.
Toco minhas mãos em teus cabelos...
Procuro a seda universal destes teus lábios
e sinto que sem você... eu não sou mais nada,
pois preciso tanto e tanto deste amor...
O meu corpo e o meu ser reclamam teu calor...
Calor do teu corpo, de ti... de tuas mãos...
Mãos que me invadem em desvelados carinhos...
abrindo no meu paraíso... novos caminhos...
E entrando em teu ser, fatal e eternamente...
sinto que o paraíso é só você, somente...
e me entregando assim... neste amor loucura...
Te faço... e sou... a mais feliz das criaturas...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SILÊNCIO ...SILÊNCIO...

                              SILÊNCIO...  SILÊNCIO...


                ... Silêncio...
       A porta está aberta.
  Os microfones estão ligados.
    ... Mas ninguém diz nada.
            Silêncio...
            ... Silêncio.
    Minha alma............
    ... Repercute o eco.
    E o sono acontece,
    e você adormece...
     ... como sempre...
     sem me dizer...
         nada.
   ... Como sempre...
   Existe escuridão.
    Negra... Vadia...
    Santo Deus?!...
   Ela é vencida.
    Ela quem?!...
 Sua consciência
         ou
  a minha........?
Minha mulher.......?
   Um espantalho.
que minha consciência,
      traz comigo,
  a me amargurar,
pelos meus dias vividos,
   pelo parto atrasado...
Pela luz que não vem...
    .... Por você...
        por mim...
     Pelo meu
    EU eterno...
    ... por você
  ... que não vem...

O LAGO

                        O  LAGO


O lago reflete em suas águas,
               meu rosto,
                parado,
                 vazio...
       A sua margem...
A pensar em meu gosto,
         ... variado...
 Nas ilusões perdidas,
   ... nas pessoas,
   ... na vida.
    E me refleti,
  tão cristalino,
 que pude ver...
   ... o passado...
   ... o presente...
   e .... o ....
   meu destino...
   E me esperei,
pois queria me ver,
 de uma maneira...
... mais profunda e
 me  entendendo,
entender o mundo.
      E vi assim...
Nesta fantasia louca,
     .... uma criança
      ... uma flor e 
      uma anciã.
Todas me disseram:
  Acredita ... tem fé,
    ....Olha teu ser.
A criança, a flor e a anciã,
me deram uma louca lição:
     Ama... Ama... Ama...,
e bem feliz, faz teu silêncio e
     cala tua boca... feliz....
          Cala tua boca.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PALHAÇO

                                 PALHAÇO


Somos todos palhaços...
   De uma roda viva,
que a todos engana
e aos outros faz rir.
...Somos todos palhaços.
   da chamada: Vida,
que só faz palhaços, palhaçadas,
da noite ao amanhecer,
... torce a vida, os destinos
      e de nós sorri.
Todos nascem e morrem...
    e ao seu bel prazer...
....Somos todos palhaços,
    desta roda vida... vida,
que quieta, só nos deixa
      ... parados...
      Ao morrer,
ou ao envelhecer.
.... Roda!! Pode rodar,
   vida, vida, vida...
....corremos atrás de ti,
    igual crianças...
...Sem ilusões, com
enganosas esperanças,
... De acordar um dia,
  de olhos fechados,
com flores por cima, ...
    ...Ao escurecer...
...Somos todos palhaços:
  De tuas rodas: VIDA

AR PARADO

                        AR   PARADO


        Ar parado.
    Calor tristonho...
Suor no meu corpo.
   Copo sobre o bar...
      Carta rasgada.
Lenço com batom...
      Solidão doida...
      Fim de verão...
       Ar parado...
    fumaça no ar...
Uma garrafa aberta.
     Dor que não
      se acerta.
Se vem de você...
ou se vem de mim...
    Disco tocando...
  Silêncio no prato.
...Preservativo furado...
Sangue no chão e no lençol
...no lençol
...no lençol...
   Ar parado.
Sem virgindade.
 Silêncio na cama.
Silêncio nas bocas.
    Ar parado.
Ponto de partida...
ponto de chegada.
    Amor sem fim...
Copo de cristal caindo...
     ...quebrando...
   Ar parado...
  Tudo no fim...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

                                                        OSAEL DE CARVALHO


               


        Osael de Carvalho nasceu em Magé, Rio de Janeiro, no dia 08 de fevereiro de 1932 e faleceu em 30 de novembro de 2011.
       

      Oficial de Administração do Município do Rio de Janeiro.
      Formado em Administração de Empresas, Técnico em Contabilidade, Chefia Administrativa, Relações Humanas, Relações Públicas, Gerência Empresarial, Psicologia das Relações Humanas e Marketing.

      Criador e diretor das revistas "O LITERÁRIO" e "O CABLOCO".
      
      Participou de programas de rádio, mesas-redondas, simpósios e debates em TV.

     Pertenceu a diversas Academias, Federações, Institutos e outras entidades literárias.

     Menção Honrosa e Diploma no Concurso Raimundo Corrêa, de poesia.
    
     Prêmio "Melhores de 1998" - Soc. Cultura Latina do Brasil - SP.

Eleito Autore dell" anno 1999 pela Commissione Di Lettura Internazionale das Edizioni Universum, de Trento - Itália.

     Publicou livros de poesias, prosas e trovas:

    "Amor, Amor & Cia. Ltda."
    "Ventura de Viver"
    "Alvorada Interior"
    "Canções de Amor"

LEMBRAR DE MIM

                         LEMBRAR DE MIM


É bom você lembrar de mim,
porque não vai esquecer,
tão fácil como pensas...
o nosso louco-doce amor,
vivendo a desafiar tudo...
convenções... lares... ruas...

É bom você lembrar de mim...
porque não vai esquecer,
nossos beijos desafiadores,
trocados em plena rua,
andando ... nas praças e hotéis...

É bom você lembrar de mim...
porque não vai esquecer,
a paz e o sossego interior,
onde achamos nossas verdades
em caminhadas longas... suaves...

Caminhadas sem atitudes...
em paz com a vida...
Brilhando no fogo-luz do amor...
É bom você lembrar de mim...
pois a seu pedido... Eu estou voltando.

O CAMINHO

                        O CAMINHO

         Atues sempre com todo amor, pois as flores não estão nas pedras e sim nas mãos de quem as remove.
         Sorrias sempre aos desenganos, pois eles poderão representar o conhecimento útil e sincero, que abrirá as portas para a compreensão.
         Não abandones aquele que sofre, pois ninguém neste sofrido mundo, sabe quem sofre mais.
         Um pão, um agasalho, não é só um alimento para a fome ou para o frio... é um alimento para a fome  de carinho e um aquecimento para a alma que sente frio...
         O carinho, o amor, a ternura com que se oferece estas dádivas é que irá confortar o acalentado.
         Caminhem companheiros de jornada, pois todos somos companheiros e irmãos...
         Percorra o teu caminho levando a tua fé, com a bandeira do ideal da esperança desfraldada,
para que tu um dia, vejas surgir diante de ti uma plena e bela luz e neste momento digas com profunda humildade: " Coloca as tuas mãos sobre mim, Jesus."

SUA VIDA

                                SUA VIDA

Vem com sua água morna,
para lavar meu suor...
gota por gota provocado,
pelo seu extasiante e louco,
modo suavemente doido de amar...
        Vem com sua toalha branca,
        como a cor da luz da lua,
        e enxuga o meu ser sofrido,
        de todos os meus desencantos,
        que me provoca o desejo,
        quando não estais aqui...
        junto amim... rosto à rosto...
       corpo à corpo... voz à voz...
Vem e me embeleza, com luz...
como o surgir da flor,
no amanhecer, belo, desvirginante,
da madrugada... clara ... serena...
        Vem... me ame demais... com luz...
        sem ... aflições, nem medos...
       Aquece, belamente... a cama o ar...
       o corpo... a luz... a vida... AMOR...

ESTRELAS PULSANTES

                        ESTRELAS PULSANTES


Estrelas douradas pulsantes,
sob a luz suave da lua...
Gotas de orvalho iluminado,
sobre o teu corpo nu..
Mentes amantes... não pensantes,
voando em plena madrugada...
Benditos olhos fitando longe,
nos suaves olhares teus...
Sonhos de amor, insaciáveis...
Corpo com corpo... suando...
colorido pelo simples azul,
da luz dos sonhos meus...
Estrelas pulsantes, radiantes...
enluaradas pelo nosso amor...

SINFONIA

                           SINFONIA


Saio de dentro de você
como a gaivota sai do ninho,
como uma ave deixa a sua ilha...
Me debruço sobre o teu corpo
como o mar se deita na praia.
Escancaro as minhas janelas,
e entro por todas as tuas portas.
Beijo as tuas estrelas adocicadas e
sobrevivo com o néctar da tua lua.
Deslizo como águas de cascatas,
pelos teus pelos e cabelos, e
me acalmo ao me deitar sereno,
no profundo do teu lago...
Adormeço... adormeço como um menino,
que dorme para poder sonhar... e
que sonha com o teu amor,
para poder feliz, adormecer...

SUAVE E COM PERFUME ...

                            SUAVE E COM PERFUME


Ando espaçado qual nave perdida,
envolvido na ânsia de sobreviver.
Canto com este raio azul da lua
e choro sempre, triste, ao alvorecer.
Alvorecer da cama toda desarrumada,
do seu perfume suave a me enternecer.
Me enterneço ao acordar em ti,
e enterrando meu ser, em ti, suave.
Me aprofundo suave e com perfume.
Esqueço do mundo e sinto a harmonia,
da flor despetalada, mas vivida,
do nada adormecido, mas despertado.
Estamos de mãos juntas, a caminhar,
nas ruas, na cidade, em teu olhar,
e me procuro em teus lábios doces,
e me encontro em tuas mãos suaves.
Sinto em minha pele o teu perfume.
Digo que estou deliberadamente só,
para poder dizer que não sou nada,
neste mundo fantástico, de amor,
do teu amor e da tua ternura...
E te vejo assim, abraçada a mim,
sofrida, bela, deslumbrantemente
e estonteantemente nua...
E colo a minha pele em teu corpo,
ao mesmo tempo ácido e doce,
estranhamente amado por mim,
neste momento, ...
de união de nossas almas suaves,
e de nossos pensamentos com perfume.
Me entrego as estrelas deste nosso viver.
E procuro o céu pontilhado de luzes, e ao
voltar abraçado com você a
nossa rua antiga...
ao nosso lindo quarto azul, azul, onde
por certo, vai ficar por muito tempo
tua figura, meiga, bela, amante,
querida...amada...
Suave ... e com perfume.

TURVANDO A LUZ

                              TURVANDO A LUZ


O cometa estrelado passou,
... Estufando o ar.
Jogou fumaça, caindo ... e
sua cauda... parou de
brilhar e se
escureceu...
O cometa estrelado passou...,
e me deixou... me deixou perdido
... desacompanhado,
....sofrido,
abandonado.
...Eu queria feliz ver
o cometa,
com luz, e o vi,
sem nada,
sem colorido;
se espatifar no ar,
sem espalhar amor...
...sem ver...
brilhar no céu...
minha alma,
fulgurante,
se acalma... e
me diz...
... fica quieto
e é feliz...
Se amotina minha alma,
e se aquieta,
... no nada,
de tudo e 
se apieda,
no tudo,
do nada
que eu sou...
...Fico apagado.
Sem amor ... sem nada.
Fico parado... parado ...
... Vendo o cometa estrelado passar ...

OLHAR ...E TE AMAR...

                                 OLHAR ... E TE AMAR...


Eu te olhei ... na penumbra da luz.
Tu me olhastes ... eu te olhei ...
Toquei tua mão ... correspondestes
Tu me sorristes ... eu sorri ...
... Me aproximei, suave ... de ti,
como um gato, um negro gato
manso ... manso ... manso ...
e rocei em ti e ... rocei ...
alisei o teu rosto ... teu pescoço,
e tu sorrias, sorrias ...
suavemente ... suavemente ... e
me olhaste... me olhaste,
tão suavemente, tão lindamente,
que eu sorri ... sorri ...
mais uma vez ... sorri ...
Novamente ... novamente ...
Suavemente ... suavemente ...
... Tu me tocaste ... e me
encantei ... de amor...
alegremente... alegremente.
... Suavemente ... suavemente ...
nós nos completamos
Nós nos amamos ... nos amamos...
completamente... completamente...
suavemente ... suavemente...
Sem teu olhar ... o teu olhar...
... deixar o meu ... o teu olhar ...
eu me cansei... eu me cansei...
de tanto... amar... amar... amar...

SABOR DE MENTA...

                                  SABOR DE MENTA ...
   

Estou parado sem nada falar...
calado, em boca parada, a me extasiar.
Mundo calado, bocas unidas,
amor de verdade ...
...Mãos a me acariciar.
corpo tocado ... ...
E tua boca me fala em sabor de menta,
gozando eu, então, as delícias do céu ...
e percorre em minhas veias o sabor de mel ...
Teus lábios, com sabor de menta, meu amor ...
incendeiam meu corpo de vontade e calor,
e me toca a felicidade de milhares de céus, ...
percorre em todo o meu ser, esta felicidade.
este amor que pode ser maldito, pode ser
maldade, amor, bondade, verdade e felicidade, ...
que pode ser tudo ou nada, dependendo do momento.
se para ser feliz, ou ter a felicidade ...
fico precisando apenas, das tuas verdades,
dos teus olhos pequenos, brilhantes, verdades, ...
paredes, derrubadas, muros caídos, cercas derrubadas,
abrindo as fronteiras destes teus lábios lindos,
loucos, barcos à deriva ... provocantes,
que quando me beijam ... deixam em meu ser ...
... por infinitos instantes... feliz ...
Além do teu corpo, por mim possuído,
por tua alma, comigo, partilhada, conjugada,
e nestes instantes de suprema verdade,

por te amar e me sentir amado plenamente,
por teus lábios que me beijam loucamente,
fica em todo o meu ser, em meus lábios,
em meu sexo, em meus cabelos ... em minha pele.
... em meus lábios ... em minha boca por ti,
Adocicada ... esmagada por beijos delirante ...
Eu sufoco meu ser, por delirados e infinitos instantes.
... e fica em minha boca ... em meus lábios ...
... Este teu sabor de menta ...

PORQUE ESCREVO POESIAS

                                   PORQUE ESCREVO POESIAS


Quando busco o amor nas manhãs brilhadas pelo sol matutino e vejo ao pôr- do-sol 
as aves a voar na imensidão dos espaços do céu; quando olho as crianças correndo e sorrindo 
plenas de vida... 
Quando vejo a serenidade do olhar e suavidade das  mãos dos mais idosos,
quando vejo vejo o romance brilhando nos olhos dos adolescentes que buscam a vida para
sonhar em nome do mútuo amor.
Quando me vejo no espelho imenso deste Planeta Terra, pleno de matas, flores e mares...
descubro porque escrevo poesias.

domingo, 11 de novembro de 2012

A GENTE SOZINHO...

                    A GENTE SOZINHO ...

A gente sozinho, fica tudo mais vazio...
... dá uma solidão que a gente não entende
e esta vontade louca de te abraçar ...
De te ver novamente, de caminhar lado a lado, 
de passear pelas calçadas vazias, mas cheias
de gente que como nós, tem apenas um grande
passo de inverdade, que nem eu, nem você temos,
que esta doida falta de amor entre as pessoas.
... Quando falamos, nós dois e sós, somos amor
... somos amor quando nos tocamos lentamente,
numa verdadeira mensagem de realidade, ...
de ventura... de carinho e principalmente...
...de amor ...
Te amo quando te toco e te acaricio e ...
me sinto amado quando tu me tocas num gesto
silencioso do verdadeiro amor...
... se toco teus cabelos lindos, fico a
pensar no deslizar das águas das cascatas
sobre as pedras molhadas ...
... E se toco com meus lábios os teus,
esta sensação de verdade, de puro amor,
se apodera de mim, e sinto estrelas em
noite enluarada ... e sinto o sol a me
queimar em dia sufocante ...
Mas ... tu me dizes palavras de amor profundo,
terno, bendito e tão verdadeiro ...
... que te olho com a mais profunda ternura,
e fico banhado de luz, qual viola enluarada ...
em mãos de uma jovem criança bela ...
a me encantar de amor e de plena vida ...
... A me satisfazer ao olhar os teus olhos,
ao acariciar teus cabelos, no meu,
nos nossos momentos de mais alta ternura ...
te ouvir dizer, como se o horizonte abrisse um novo céu:
Amor ... Obrigado por você existir ...

AMANHECER

                     AMANHECER

Começam a cantar os passarinhos
na elevação bendita dos seus ninhos
e seus trinados encantam todo ar,
são maviosos sons a encantar...
Vejo que vem surgindo longe o sol
a avermelhar de tinta o arrebol
e a beleza do Universo baixa à Terra
com uma paz que ameniza a guerra
que o homem traz no seu interior,
vendo a beleza de um Ser Superior
que enobrece de paz todo o Universo
e faz o poeta cantar em seu verso
toda a alegria de ser e viver,
toda a beleza de existir e de ser
um componente desta suprema maravilha:
a mão de Deus que na aurora brilha

SILÊNCIO

                                  SILÊNCIO

Silêncio. A cidade dorme e
é plena madrugada.
Não faças barulho e 
não me digas nada.
A respiração se torna ativa
e ofegante.
É hora do destino.
A verde hora dos amantes.
Dormem nas sarjetas os
vagabundos.
Sem prato, sem copos,
sem corpos...
Sem almas...
O dinheiro tilinta...
nas mesas dos bares.
Jogam-se dados;
a sorte está lançada.
A mulher da rua, 
se entrega,
por quase nada.
Existe um silêncio mortal,
neste barulho todo.
O homem do bar...
já quer dormir...
Mas está acordado...
vendo o seu ultimo freguês.
O silêncio do barulho,
da noite sem luar.
Silêncio... a cidade dorme,
É plena madrugada e ...
Eu estou aqui...
acordado.